quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mantenha cheio o seu balão

Sabe aquele ditado "uma laranja podre estraga todas as laranjas boas"? Eu faria uma pequena adaptação a ele: "várias laranjas podres estragam uma laranja boa". Se observarmos o comportamento das pessoas nas empresas é fácil identificar quem está desmotivado e quem está realmente "vestindo a camisa" e agindo eticamente perante os colegas e a empresa. Essa é uma triste realidade em praticamente todas as organizações. A palestra de Daniel Godri é perfeita para demonstrar como isso acontece. Ele utiliza como metáfora o balão cheio x balão murcho e a maioria das pessoas se identifica com algum exemplo citado por ele. Clique aqui para assistir a palestra na íntegra, é muito interessante porque a gente para e pensa: quem eu sou hoje? O balão cheio ou o balão murcho? Começamos a identificar e classificar as pessoas que conhecemos e até lembramos de cenas que se encaixam perfeitamente no que Godri apresenta.



A competitividade faz as pessoas se compararem inconscientemente com os outros, o que pode trazer resultados positivos ou negativos, dependendo de diversos fatores. Essa situação fica em evidência quando um empregado recém contratado começa a se destacar porque ele está muito mais motivado do que os colegas com mais tempo de casa. E isso é algo natural, o novo empregado encara qualquer problema como um desafio e o veterano não tem mais a mesma visão porque se acostumou com o esquema de trabalho e, por fazer a mesma atividade por muito tempo nem sempre consegue visualizar as oportunidades de melhoria. Mas o que normalmente acontece é uma resistência com as novas ideias ou até mesmo uma pontinha de inveja entre os colegas. De repente o veterano começa a falar que não vale a pena tanto esforço porque nada vai mudar, ou começa a reclamar de coisas que o novo empregado não encarava como problema. Escutamos frases como "isso foi sempre assim", "calma, já chegou querendo mudar o mundo?", "não é assim que isso funciona aqui", etc.

Essa situação desgastante acaba "contagiando" ou inibindo o novo empregado que por sua vez começa a pensar e agir como o veterano, até que ele se torna a mesma pessoa depois de alguns anos, contribuindo para o círculo vicioso. Eu sempre costumo falar que devemos nos basear pelos bons, é muito importante ouvir o que todos tem a dizer, mas não podemos julgar as situações pelas experiências dos outros.

Para acabarmos com essa epidemia de desânimo precisamos praticar mais a empatia, buscar a motivação dentro de nós, e aprender que, dentro da legalidade, tudo é possível, mas sabemos também que nada é fácil. O sucesso só acontece depois de muito suor e persistência e claro, sempre agindo de forma ética em todos os campos da sua vida.


Nenhum comentário:

Postar um comentário